Apesar de ser uma estratégia adotada por muitos legisladores Brasil afora para tentar mostrar serviço diante do notório despreparo para gestar ideias que correspondam à expectativa de seus eleitores, o copia e cola usado para estruturar muitos projetos no âmbito das câmaras municipais nem sempre é algo que deva ser desprezado.

Prova disso é uma iniciativa dos vereadores Herivelto Oliveira, Denian Couto e Professor Euler, que estão propondo que a Câmara de Curitiba suspenda, pelo prazo de dois anos, a aprovação de novos projetos dando nomes às ruas da capital de todos os paranaenses.

Nada mais correto, pois esse tipo de proposição já esgotou a paciência da maioria esmagadora e, cá entre nós, poderia partir do próprio Executivo, desde que com critérios adequados, para que o Legislativo pare de alimentar um compadrio que se presta muito mais a fazer um agrado aos familiares do homenageado com vistas a garantir votos para eleições futuras do que propriamente a perpetuar nomes de entes queridos com algum destaque em suas áreas de atuação enquanto viventes.

A Câmara de Cascavel, por exemplo, nos últimos anos tem se notabilizado de tal forma por iniciativas desse tipo que ninguém tome por surpresa se um dia desses um projeto qualquer vier a dar nome a um poste, como se a função maior do vereador fosse essa e não a fiscalização para assegurar a destinação correta e sem estravagância do dinheiro do contribuinte.