Um ministro topetudo
Apesar de todos os segmentos do Paraná que se posicionaram sobre o tema terem sido unânimes em rejeitar a fórmula gestada por técnicos que o assessoram, o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, se mantém insensível e dá mostras claras de que não deseja abrir mão de sua proposta para não só manter o pedágio no chamado Anel de Integração, como expandir a cobrança para mais 1,3 mil quilômetros de rodovias com valores quase tão extorsivos quanto os atuais.
Tudo bem que a situação pré-falimentar das finanças públicas brasileiras não é culpa do atual governo, mas insistir nessa proposta é desrespeitar um dos Estados que mais contribuem para o desenvolvimento do País e cuja população vem sendo criminosamente explorada há mais de duas décadas, por isso não tem nenhuma disposição de continuar pagando uma conta tão pesada e tão injusta.
É por isso que a Frente Parlamentar Sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa decidiu entrar com pedido de cautelar junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) para que a licitação do novo pedágio não seja realizada pelo governo federal enquanto não se chegar a um modelo de comum acordo.
E se nem isso surtir efeito, é bom o ministro baixar o topete e se preparar para enfrentar um protesto de dimensões gigantescas, pois diferentes grupos paranaenses já cogitam uma ação bem mais enérgica para se contrapor ao radicalismo que tem sido demonstrado pelo ministro.