Realizar a cada edição um sucesso maior que na anterior se tornou tradição no Show Rural Coopavel. Espelhando a tecnologia, seu motivo fundamental, a promoção evolui e traz novos elementos a cada ano. Em fevereiro de 2003, os 230 expositores foram prestigiados por quase 130 mil visitantes.

Um dia antes do início do Show Rural, em 16 de fevereiro, morria o fundador e primeiro presidente da Coopavel, Adolpho Cortese (foto). Comerciante, foi também um dos fundadores da Acic, participando da primeira diretoria como segundo secretário, em 1960. Ficou na presidência da Coopavel de 15 de dezembro de 1970 a 8 de março de 1974 e foi vice-presidente de 9 de março de 1974 a 27 de março de 1976.

Um dos mais importantes desenvolvedores do Mato Grosso, em sua homenagem o então governador Blairo Maggi denominou como Rodovia Adolpho Cortese o trecho da rodovia MT-170 compreendido entre a cidade de Brasnorte e a ponte do Rio Juruena.

A difícil paz no campo

Cansados de conflitos agrários, os ruralistas de Cascavel promoveram em 2003 a I Parada Paz no Campo, propondo ao governo que desse um encaminhamento resolutivo ao crônico problema da reforma agrária, emperrada desde o governo do general Castelo Branco, que tentou resolver o problema mas foi atropelado pelas manobras que instauraram a ditadura.

Os ruralistas, nas décadas de 1960 a 2000, sempre apoiaram a Reforma Agrária, desde que na lei e não na marra, lamentando que nenhum governo tenha demonstrado empenho efetivo para completá-la. Nem mesmo o governo Lula, que manobrava o MST mas mantinha uma multidão de sem-terras na ilusão jamais cumprida de uma reforma completa, ou seja, com entrega de terras, garantia de vínculo com ela, recursos para a produção e apoio à comercialização.

Os ruralistas cascavelenses também entraram em atrito com o governador Roberto Requião em outubro de 2003, quando o governo do Paraná proibiu o cultivo de plantas transgênicas. Indo à Justiça, em 10 de novembro o Supremo Tribunal Federal suspendia a lei paranaense de proibição aos transgênicos.

A importância do Porto Seco

No fim de novembro foi inaugurado o serviço de atendimento a exportadores da Estação Aduaneira do Interior (Eadi) de Cascavel, o Porto Seco, terminal que presta serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro.

Com armazém convencional com 2 mil m², locais especiais para estacionamento de caminhões frigoríficos e pátio de estacionamento, a unidade permite a execução de todos os serviços aduaneiros, tanto para importação quanto para exportação de mercadorias.

Sob a administração da Ferrovia Paraná S/A (Ferropar) e da Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná), a Eadi tornou viável a captação, pela ferrovia, de cargas paraguaias a granel, além de carga geral da Região Oeste do Paraná.

"A Coopavel, com o objetivo de movimentar cerca de 210.000 toneladas anuais de pó de calcário e fertilizantes, construiu, em uma área de 4.000 m2, um armazém para recebimento e armazenagem a granel, instalando uma moega ferroviária para recepção daqueles produtos. O projeto incluiu, também, a instalação de uma misturadora de fertilizantes"(Ferroeste, Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná).

Rompendo fronteiras

Em declarações à revista Momento Brasil, Dilvo Grolli assinalava o agronegócio como"o maior setor econômico do Brasil, representando 30% do PIB (Produto Interno Bruto), 33% de todos os empregos e 41% das exportações. Não existe nada que supere o agronegócio".

?Se não fosse o agronegócio o Brasil não teria crescimento econômico. O país depende do agronegócio, por exemplo, para geração de empregos. Não fosse este setor, haveria déficit na balança comercial e os governos, de todos os níveis, teriam dificuldades para manter suas estruturas ou obter recursos para investimentos. Há vários anos, o agronegócio vem dando oxigênio ao Brasil e será ainda mais importante nos próximos anos através das novas fronteiras da agropecuária". (Leia amanhã: Ganhar o mundo com foco no associado e no cliente)

Fonte: Projeto Livrai-Nos!