Paraná vira Zona Livre específica da Peste Suína
O Paraná passa a ser integrante único de uma nova Zona Livre da PSC (Peste Suína Clássica), nos moldes do que já acontecia com Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Acompanhada do governador Ratinho Junior e demais autoridades, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, assinou a Instrução Normativa relativa ao tema nesta sexta-feira (6), no Centro de Eventos da Lar, em Medianeira, durante o Encontro Estadual de Cooperativas Paranaenses organizado pela Ocepar.
"O que está dando certo a gente tem que prestigiar", declarou Tereza Cristina, acrescentando que "o Paraná está fazendo o dever de casa" e só por isso está sendo contemplado com essa medida. "O próximo passo é o reconhecimento da OIE e aí o Estado vai ter todos os benefícios desse status", acrescentou, lembrando que o Japão, por exemplo, só importa carne dos países com sanidade animal reconhecida internacionalmente.
A medida foi adotada porque a Zona Livre Específica da qual o Paraná fazia parte, juntamente com outros 13 Estados, está sob risco iminente de perder esse status sanitário devido ao registro de focos de PSC em Alagoas, próximo à fronteira com Sergipe.
O esforço dos órgãos sanitários e produtores que levou à recente suspensão das campanhas de vacinação contra a febre aftosa no rebanho bovino paranaense foi determinante para esta decisão, que tabre um horizonte ainda mais promissor para o agronegócio do Estado.
Uma ação junto à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) será iniciada imediatamente para que o Paraná obtenha o reconhecimento internacional como Zona Livre específica já em maio de 2020. No ano seguinte, 2021, o pleito junto à OIE será pelo reconhecimento internacional do Paraná como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação.
LEI DO MERCADO
Questionada pela imprensa sobre a supervalorização da carne de gado, que tem motivado reclamações dos consumidores brasileiros, a ministra da Agricultura afirmou que o poder público não tem o que fazer. "Isso é mercado. Não tem como o governo intervir", disse ela, lembrando que os preços estavam estagnados há vários anos. "Mas tenho certeza que isso vai se regularizar", concluiu, baseando seu prognóstico no fato de o Brasil ter um plantel com 210 milhões de bovinos. (Foto: Divulgação Ocepar)