Atletas transgêneros terão que obedecer a novas regras
Em reunião da Federação Internacional de Atletismo, realizada em Doha, no Catar, a entidade anunciou as novas regras de elegibilidade de mulheres que foram aprovadas pelo conselho. Segundo o que foi discutido, a concentração de testosterona de uma atleta terá que ser inferior a cinco nanomols por litro de sangue, enquanto o limite antes era de 10. As informações são do G1.
Segundo o texto, a atleta trans deverá demonstrar essa concentração de cinco nanomols por um período de 12 meses seguidos. Ela deve manter essa a concentração para a elegibilidade na categoria feminina.
Sob os novos regulamentos, uma atleta transgênero não precisa mais ser reconhecida por lei em seu novo gênero, mas deve fornecer uma declaração assinada de que sua identidade de gênero é feminina.
De acordo com a Federação, a maioria das mulheres, incluindo as atletas de elite, apresenta níveis de 0,12 a 1,79 nanomol por litro de sangue, enquanto entre os homens a presença normal é de entre 7,7 e 29,4 nanomols.
A nova decisão não vale apenas para atletas transgêneros, mas também para aquelas mulheres que, naturalmente, produzem o hormônio testosterona. É o caso da sul-africana Caster Semenya, que não pode competir em alto rendimento por conta da alta produção, ainda que natural, de testosterona de seu corpo. Dona de quatro medalhas em Mundiais, Semenya já argumentou diversas vezes que o seu caso é diferente do que acontece com atletas transgêneros, já que nasceu e vive como mulher. A sul-africana acusa a Federação de discriminação.