Amop quer ter plano único de reajuste para servidores
Reunidos em assembleia extraordinária nesta sexta-feira, em Cascavel, os prefeitos da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) decidiram criar um grupo de estudos para debater os planos de carreira dos servidores públicos municipais. De acordo com o prefeito de Anahy, Carlos Antônio Reis, que comanda o Departamento de Educação da entidade, esse grupo fará um estudo para unificar os procedimentos no âmbito da Amop. "Além disso, nossa intenção é padronizar os reajustes, para que não haja dois pesos e duas medidas, como é o caso dos servidores da educação, que recebem reajustes sempre acima dos demais servidores. A discussão que se tem agora é não tornar os reajustes um efeito cascata, o que inviabilizaria as administrações públicas", destacou Carlos.
CONVÊNIOS
Na mesma reunião, os prefeitos discutiram questões relacionadas à manutenção de convênios com a CEF (Caixa Econômica Federal) e a Itaipu Binacional. A assembleia foi comandada pelo prefeito de Jesuítas e presidente da entidade, Junior Weiller, e contou com a presença de Luiz Paulo Lasta, superintendente regional da CEF em Cascavel, e Paulo Schad, do Regov, organismo que cuida das ações de governo do banco estatal na região Oeste do Paraná.
A queixa maior dos prefeitos decorre das exigências que o banco faz no check list utilizado para a liberação de recursos para obras "Em determinadas circunstâncias, mais parece que a burocracia está acima do interesse público", disse o prefeito de Três Barras do Paraná e segundo vice-presidente da Amop, Hélio Bruning.
"Nossa intenção é romper barreiras, eliminar dificuldades burocráticas e fazer valer o diálogo entre ambas as partes, para que as obras com recursos do governo federal e que passam pela CEF tenham o destino mais adequado e ágil possível e cumpram com excelência o papel social e de indução do desenvolvimento", disse Luiz.
"A agonia dos prefeitos é justificável. Quando as coisas se tornam muito burocráticas, ocorre a venda de facilidades. Desta forma, a roda da corrupção não para e continua girando. Boa parte deste problema decorre do fato de o Brasil realizar uma eleição a cada dois anos, situação que engessa e emperra o poder público e cria uma série de dificuldades legais", afirmou Weiller.
Já os convênios com Itaipu, reduzidos diante da filosofia de gestão da nova diretoria da Binacional, também foram reduzidos, diante da priorização de obras de caráter estruturante, em detrimento de outras. A Amop está aprimorando esta discussão e em breve deve envidar novos esforços para discutir o tema. (Foto: Assessoria Amop)