Defesa rebate acusações de Léo Pinheiro contra Lula
Em carta exclusiva ao jornal Folha de S. Paulo, publicada ontem, o empresário Léo Pinheiro (foto), testemunha-chave para a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá, ratificou as denúncias feitas contra o ex-presidente e negou que tenha sido coagido para incriminá-lo.
?Reafirmo categoricamente que nunca mudei ou criei versão, e nunca fui ameaçado pela Polícia Federal ou Ministério Público Federal?, escreveu Pinheiro."A minha opção pela colaboração premiada se deu em 2016, quando estava em liberdade e não preso pela Operação Lava Jato. Assim, não optei pela delação por pressão das autoridades, mas sim como uma forma de passar a limpo erros?, acrescentou.
Hoje, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula nesse processo, destacou que"em petição protocolada em 03/10/2016, Léo Pinheiro sustentou que o processo do tríplex é 'ilegal e inconstitucional'"e que o empresário"sequer reconhecia a legitimidade da acusação relativa ao tríplex?".
De acordo com a defesa do ex-presidente,"em petição protocolada em 07/02/2017, a OAS informou ao ex-juiz Moro que ?não foram localizadas contratações ou doações para ex-presidentes da República, tampouco para institutos ou fundações a eles relacionadas'; vale dizer, a própria empresa que teve Pinheiro como sócio não identificou em seus arquivos ou em sua contabilidade qualquer imóvel destinado a Lula por meio de doação ou qualquer outra forma".
?Lula é vítima de 'lawfare', que consiste no uso perverso das leis e dos procedimentos jurídicos para fins políticos. O ex-presidente não teve direito um julgamento justo, imparcial e independente?, acrescentou o advogado. (Foto: Arquivo/AGBR)