Cai a casa de fraudadores da frota oficial do Paraná
Fraude à licitação, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, inserção de dados falsos no sistema, fraude na execução de contrato público e lavagem de dinheiro são as acusações que pesam contra 15 pessoas acusadas de causar um prejuízo superior a R$ 125 milhões ao Governo do Paraná com serviços de manutenção dos carros oficiais do Estado.
Ao todo, mais de 100 policiais saíram às ruas na madrugada desta terça-feira (28) para cumprir 15 mandados de prisão temporária e 29 mandados de busca e apreensão. Também há ordens judiciais para o bloqueio de contas bancárias e apreensão de 24 carros de luxo. Um dos presos é o dono da empresa curitibana JMK, acusado de ser líder do grupo.
Segundo a Polícia Civil, a investigação revelou um esquema que envolvia a falsificação e a adulteração de orçamentos de oficinas mecânicas para aumentar o valor do serviço prestado que levou a superfaturamentos de até 2.450%. Além disso, peças de qualidade inferior, compradas no mercado alternativo, eram utilizadas para a manutenção de ambulâncias e de veículos policiais, afetando diretamente a qualidade dos serviços.
NOVA LICITAÇÃO
O Governo do Estado prepara uma concorrência pública para escolha de uma nova empresa para prestar serviços de manutenção da frota oficial. A decisão foi tomada logo após a posse da atual administração, mas o contrato com a JMK, que venceu em janeiro, teve de ser prorrogado por seis meses para garantir a total lisura do processo.
Assim que assumiu, a atual equipe de governo verificou indícios de irregularidades envolvendo a empresa JMK e tomou várias providências com base no trabalho de uma comissão instaurada especialmente para verificar o caso. Em pouco mais de dois meses, houve a abertura de três processos administrativos contra.