Um estudo da professora Elza Corbari revelou que o sistema de cotas teve impacto acima do esperado no curso de Medicina do campus de Cascavel da Unioeste. A participação dos alunos de escolas públicas nesse curso, com folga o mais concorrido da instituição, teve um acréscimo de surpreendentes 346% entre 2009 e 2018 no comparativo entre 1995 e 2008, quando as cotas não existiam.

Mestre em Ciências Sociais e integrante do Grupo de Pesquisa em Políticas Sociais da instituição, Elza também apurou em sua pesquisa que os cotistas de Medicina possuem renda familiar mais baixa; ingressam na universidade, em média, um ano mais velhos; possuem rendimento equivalente aos originários de escolas privadas; possuem percentual de aprovação semelhante ao dos não cotistas e a maioria é de Cascavel e outras cidades da região.

O estudo foi baseado em dados do próprio sistema gestor acadêmico da Unioeste, denominado "Academus" e que gerencia as informações acadêmicas dos estudantes da universidade, e revelou, segundo a pesquisadora, que a política de cotas permitiu uma singular oportunidade aos estudantes de escolas públicas realizarem o sonho de se tornarem médicos. (Foto: Assessoria Unioeste)