67% das empreendedoras do País conciliam negócios e maternidade
Quando o despertador toca às 6h da manhã, é hora de levantar. Começa mais um dia agitado na rotina de todos, inclusive na casa da família Bastolla, moradora de Foz do Iguaçu. Enquanto o cheiro do café da manhã começa a tomar conta da cozinha, Talita Sávio Bastolla organiza os primeiros passos do dia: as filhas se arrumam para a escola e para o trabalho, o marido se prepara para o serviço e cada um segue com seus compromissos.
Talita é mãe de três meninas, com idades de 2, 16 e 19 anos. Além de cuidar da casa, ela também equilibra a maternidade com a carreira profissional. "Conciliar a gestão de uma concessionária de veículos com a rotina de mãe e esposa não é nada fácil. O maior desafio é encontrar equilíbrio: estar presente em casa, emocionalmente disponível para as minhas filhas e meu esposo, e, ao mesmo tempo, ser uma líder firme e estratégica no trabalho. Com o tempo, aprendi a planejar, priorizar e fazer escolhas conscientes. Esses valores levo para dentro de casa, porque cuidar do dinheiro é também cuidar do futuro da nossa família", revela.
Mas Talita não é a única que tem essa rotina. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae em 2024 apontou que 67% das mulheres empreendedoras no Brasil são mães. Já um levantamento feito pelo Serasa, em parceria com a Opinion Box, apontou que cerca de 93% das mulheres participam ativamente da gestão financeira de suas famílias e que 60% delas assumem parte da responsabilidade pelas finanças domésticas.
EQUILÍBRANDO AS FINANÇAS
Apesar da participação ativa, muitas mulheres ainda enfrentam obstáculos para lidar com as finanças, uma situação que, segundo a gerente de agência Sicredi em Foz do Iguaçu, Rafaela Gazziero, está diretamente ligada à falta de organização financeira. "O primeiro passo é entender quanto se ganha e quais são os custos fixos como moradia, alimentação, transporte, saúde e educação. Depois disso, é importante organizar o orçamento para identificar o que sobra e direcionar essa quantia tanto para a poupança quanto para o lazer. Infelizmente, muitas pessoas acabam cedendo às compras por impulso e, com isso, perdem o controle, comprometendo o orçamento familiar", explica.
Quando o assunto é cartão de crédito, a gerente do Sicredi destaca que o ideal é sempre avaliar se a compra é realmente necessária naquele momento. "Atualmente, a compra parcelada oferece inúmeras facilidades, garante fluxo de caixa e permite concentrar diversas despesas em uma única fatura. No entanto, muita gente se deixa levar pelo consumismo e compra por impulso, esquecendo das prioridades. Por isso, é essencial agir com racionalidade nas finanças. A gestão financeira familiar é fundamental, especialmente quando se trata de investimentos planejados", reforça.
Ela ressalta que a educação financeira começa em casa desde cedo, com pequenas atitudes no dia a dia com os filhos. Tarefas simples, como encher garrafas de água, cuidar dos animais de estimação e colaborar com as atividades da semana já ensinam disciplina e responsabilidade. No fim de semana, momentos de lazer em família funcionam como recompensas valiosas — muitas vezes mais significativas do que qualquer incentivo financeiro. Para crianças maiores, que já compreendem o valor do dinheiro, estratégias como a mesada podem ser eficazes para ensinar planejamento e consumo consciente. E poupar, claro, é um dos hábitos mais saudáveis e pode começar ainda na infância.
Aliás, foi pensando nisso que a Sicredi lançou a campanha Turminha da Poupança, focada no público infanto-juvenil e cujo regulamento completo pode ser encontrado neste LINK. Nela são ofertados seis mascotes colecionáveis (onça, leão, capivara, macaco, girafa e arara), que são distribuídos de forma alternada ao longo da campanha. Além disso, a Sicredi também oferta inúmeros cursos on-line gratuitos sobre educação financeira com direito a certificado e que podem ser acessados clicando AQUI. (Foto: Agência Sebrae)