Mais repúdio ao Fundão
A aprovação de um Fundo Eleitoral a peso de ouro segue repercutindo de forma negativa para o Congresso Nacional. O Sinduscon Oeste, entidade representativa do setor da construção civil da região, emitiu nota datada desta sexta-feira (31) em que aponta que os congressistas reservaram mais dinheiro público para bancar suas próprias campanhas eleitorais que para educação e saúde, por exemplo. Veja a seguir a íntegra da nota:
MANIFESTO DE REPÚDIO
Em meio às dificuldades que o Brasil atravessa, com recursos limitados para saúde, educação, infraestrutura, segurança e demais áreas, é intempestivo, desconexo e aviltante a promulgação, por parte dos congressistas eleitos pelo voto, do valor de R$ 5,7 bilhões para o Fundo Eleitoral.
O montante é maior que o valor destinado à aquisição de vacinas para o ano que vem (R$ 3,9 bilhões), mesmo diante de tantas incertezas em relação ao futuro da pandemia de Covid no Brasil e no mundo. Também é maior que a verba de pelo menos cinco ministérios, além de ser mais que o dobro do valor destinado às duas eleições realizadas desde a sua criação.
Corresponde também a mais que todo o recurso previsto para investimento ao longo de 2022 em pastas como Educação (R$ 3,6 bilhões), Saúde (R$ 4,6 bilhões) e Cidadania (R$ 1,6 bilhão).
Diante do exposto acima, e atendendo a legítima, contundente e massiva reivindicação de seus associados, o Sinduscon Paraná Oeste - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paraná, manifesta REPÚDIO aos deputados federais que votaram a favor de tal medida, ressaltando que tais representantes não serão recebidos na entidade e também não serão convidados a participar de reuniões e eventos promovidos e patrocinados pelo Sinduscon Paraná Oeste.