Moralizando as universidades
É de domínio público que a criação de cargos desnecessários e a aplicação de reajustes fora da realidade foram, de uns 15 anos para cá, um problema sério das universidades estaduais paranaenses. Em particular a Unioeste, que nas duas gestões do ex-reitor Cascá foi "enquadrada” várias vezes pelo Tribunal de Contas, tanto que o salário médio de seus professores se tornou o maior do Brasil, ACIMA dos pagos não só pelas demais universidades estaduais paranaenses, mas TAMBÉM por instituições bem maiores, mais antigas e tradicionais como USP e Unicamp.
Mas, ao que parece, essa gastança de dinheiro público passará a ser coisa do passado com a entrada em vigor da Lei Geral das Universidades, uma das últimas aprovadas pela Assembleia Legislativa em 2021 e que deverá ser sancionada sem vetos, até pelo fato de o projeto ter se originado de amplo debate com participação das próprias universidades e não ter sofrido nenhuma alteração substancial em seu conteúdo.
A ideia é criar uma padronização mínima obrigatória de gestão de pessoal, custeio e investimento entre todas as universidades, que agora poderão prestar serviços a terceiros para incrementar seu orçamento.
O Paraná tem sete universidades estaduais, que abrigam cerca de 95 mil acadêmicos matriculados em 382 cursos de graduação e 202 cursos de pós-graduação. O quadro de pessoal tem pouco mais de 7,8 mil professores e 7,1 mil agentes universitários.