Coopavel: de Luíse a Grolli
Um visionário como poucos homens do seu tempo, Luis Luíse era mais que um padre daqueles que os católicos se acostumaram a ver. Sempre antenado com os acontecimentos também de fora da igreja, esse italiano de Veneza que se mudou para o Brasil e adotou Cascavel como seu lar definitivo e faleceu em um acidente de carro em 1987, aos 74 anos, tinha no cooperativismo agropecuário uma espécie de menina dos olhos.
Por isso, se ainda vivesse entre nós ele estaria hoje em dia feliz e orgulhoso com uma de suas maiores obras: a Coopavel, da qual foi um dos fundadores. Conhecida no mundo todo pelo Show Rural, a cooperativa cascavelense em nada faz lembrar aquela que flertou com a falência nos idos de 1980, quando foi praticamente à lona por conta, dentre outros fatores, da maxidesvalorização da moeda decretada pelo governo federal.
Conduzida com mãos de ferro, a Coopavel vive um momento tão bom que galgou nada menos que 32 posições no ranking Valor 1000, que classifica as maiores empresas brasileiras. Ela agora está no 264º lugar do Brasil e no 44º da região Sul no anuário divulgado pelo jornal Valor Econômico.
“Com faturamento de R$ 3,4 bilhões em 2020, um ano atípico e difícil devido aos efeitos e consequências da pandemia do coronavírus, a Coopavel segue com sua trajetória de crescimento e se consolida entre as 15 maiores do segmento cooperativista agroindustrial do País”, comemorou o presidente Dilvo Grolli ao comentar o resultado.