Um verdadeiro ato de heroísmo
Não, este comentário não se refere às manifestações do Dia da Independência, que celebraram de tudo um pouco, menos a data magna da Pátria verde-amarela. Tampouco ao discurso provocativo do presidente Jair Bolsonaro, seus desafetos e desafetos, cada qual lutando por seus ideais, alguns deles inconfessáveis.
Este comentário se refere, na verdade, à conquista época do FC Cascavel, que volta a colocar a cidade na final do Campeonato Paranaense 41 anos depois do título estadual que o já extinto Cascavel Esporte Clube dividiu com o extinto Colorado em uma decisão nada salomônica da quase sempre contraditória Federação Paranaense de Futebol.
Tudo apontava para a classificação Athletico, que inscreveu para o Estadual um numero cerca de três vezes maior de atletas que todos os seus adversários, sabedor de que necessitaria de um elenco numeroso por participar de quatro competições de formula simultânea.
E mais: tudo apontava para a classificação do poderoso rubro-negro da Baixada porque sua diretoria retardou por meses a finalização do campeonato em defesa unicamente de seus interesses e não hesitou em negar o pedido do humilde FC Cascavel para adiar uma única partida mais alguns poucos dias a por conta de um surto de Covid, que tirou de combate vários jogadores serpentinos e até o técnico Tcheco.
Mas esses momentos de dificuldades e atos de egoísmo e ingratidão fizeram a Serpente se agigantar ainda mais e dar uma verdadeira demonstração de todo jogo deve ser decidido dentro das quatro linhas.
Aos que acompanham regularmente o futebol brasileiro, a vitória por 2 a 1 e a classificação do FC Cascavel para a final diante do Londrina fez lembrar a famosa Batalha dos Aflitos, como ficou conhecida a vitória atípica sobre o Náutico que deu ao Grêmio o título do Campeonato Brasileiro da Série B de 2005 e foi oportunamente rememorada por esta imagem, que viralizou nas redes sociais.