Pedágio: novidade zero
A vinda do ministro da Infraestrutura ao Paraná nesta quarta-feira (11) não acrescentou absolutamente nada ao que o Alerta Paraná já havia antecipado - com absoluta exclusividade, diga-se de passagem - em relação ao novo pedágio, que de novo pouco ou nada tem.
É bom os usuários do chamado Anel de Integração, agora um bocado maior para deleite das concessionárias interessadas nesse negócio tão rentável, irem se acostumando com uma realidade da qual não terão como fugir até depois de 2.050.
Com ou sem correntão espetaculoso, quem quiser se locomover entre Cascavel e Toledo, ou vice-versa, terá mesmo que pagar algo mais que o combustível, cujo preço já está rivalizando com o de remédio de última geração.
Tarcísio Gomes de Freitas - que, para quem não sabe ou esqueceu, também integrou o Governo Dilma Rousseff - disse que com o formato acordado entre Estado e União,."mais do que um leilão bem-sucedido, teremos um contrato bem-sucedido".
Provavelmente sim, mas que seja bem-sucedido não aos exploradores do pedágio como os que estão chegando ao fim dee sim aos usuários das rodovias, que já pagaram uma verdadeira fortuna por algo que mal passou de promessa.
O modelo hoje confirmado prevê R$ 44 bilhões de investimento, duplicação de 1.783 km de rodovias, construção de 11 contornos urbanos, 253 km de faixas adicionais em rodovias já duplicadas, 104 km de terceiras faixas, mais de mil viadutos, trincheiras e passarelas e até sinal de Wi-Fi, câmeras de monitoramento e iluminação em LED em trechos onde isso realmente se fizer necessário.
É o sonho de todos os paranaenses, sem dúvida, mas convém ficar com um pé no freio para que não se repita a história dos contratos atuais, que prometiam mundos e fundos e estão entregando um cenário que beira o imundo. (Foto: Ari Dias/AENPR)