Pedágio: mudança ou rebelião
A primeira semana de agosto chega ao fim tendo como grande destaque o anúncio de um acordo entre Estado e União sobre o novo pedágio a ser implantado no Estado. Menos mal, pois o debate das semanas imediatamente anteriores foi consumido pelo deprimente espetáculo da CPI da Covid, que parece estar fazendo tanto mal ao País quanto o maldito vírus chinês.
Menos mal, também, porque os paranaenses em geral estão determinados a não tolerar a repetição da exploração perpetrada contra eles nas últimas mais duas décadas e que, felizmente, tem data de término muito próxima: 27 de novembro - isto é, se não arranjarem um jeito de cobrar um pedágio “tampão” até o leilão do futuro modelo, que abarcará uma quilometragem bem maior.
A julgar pelas manifestações feitas desde esse anúncio por pessoas que realmente entendem do assunto, o novo modelo é, realmente, um bocado melhor que aquele que o Ministério da Infraestrutura queria enfiar goela abaixo dos paranaenses, muito embora não seja algo que deva ser comemorado por ora.
Mas, como tem dito reiteradamente o empresário cascavelense Edson Vasconcellos, um dos representantes da Região Oeste mais envolvidos nesse debate, é prudente dar tempo ao tempo e acompanhar atentamente o desenrolar do processo, pois tudo que envolve altas somas de dinheiro é pra lá de meticuloso e precisamos ficar atentos para não sermos surpreendidos por algum jabuti eventualmente escondido nos futuros contratos. Afinal, ainda há vários detalhes que ainda precisam ser esclarecidos com o passar dos dias.
Em última análise, é bom os interessados em explorar essas rodovias ficarem atentos, pois se o dito novo modelo se revelar um Denorex (aquele que parece remédio, mas não é), já há segmentos de prontidão para fazer uma verdadeira rebelião com o propósito de desintegrar o novo Anel de Integração. (Foto: AENPR)