Como raposa no galinheiro
Peculato, prevaricação e organização criminosa são os crimes a que deverão responder nada menos que 15 policiais militares, a maioria esmagadora do Oeste do Paraná, que foram presos nesta quarta-feira (30) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em uma ação que teve o apoio da Corregedoria-Geral da própria Polícia Militar.
De acordo com o apurado durante a investigação, os acusados engordavam os salários a eles pagos com o dinheiro do contribuinte apropriando-se de mercadorias apreendidas nas ações de combate ao contrabando na fronteira com o Paraguai, enxovalhando assim o nome da instituição por eles representada.
Um vídeo divulgado pelo próprio Gaeco mostra uma suposta divisão de eletrônicos apreendidos entre os policiais, que tiveram a suspensão do exercício da função pública determinada pela Justiça. Em um dos trechos, um dos acusados aparece dizendo que vai se encontrar e negociar com um homem que vende produtos importados.
Um dos mandados foi cumprido na sede da 2ª Companhia de Polícia Militar de Medianeira, à qual pertencem todos os acusados. Outros foram cumpridos em Foz do Iguaçu, Missal e São Miguel do Iguaçu, além de Cláudia (MT).
Vale ressaltar que a ação de hoje é um desdobramento da Operação Desviados, deflagrada em dezembro de 2019 pelo Gaeco de Foz do Iguaçu e na qual haviam sido presos dez policiais militares lotados no Destacamento de Santa Terezinha de Itaipu e três policiais civis. (Foto: Divulgação)