A ideologia venceu a pandemia
Uma das tarefas quase diárias de quem usa as redes sociais (e quem não usa?) tem sido apagar contatos de familiares e amigos que nos deixam por terem sido abatidos por esta apocalíptica pandemia, cujo número de vítimas fatais já ultrapassou 500 mil no Brasil e se aproxima rapidamente dos 4 milhões no mundo.
São números catastróficos que nos dão a dimensão exata não só de uma tragédia sanitária de proporções jamais vistas nos últimos 100 anos, mas também da necessidade urgente de a raça humana repensar suas formas de pensar e agir para priorizar o que realmente é importante em sua curta passagem por esse mundo de meu Deus.
De uma insensibilidade indigna da legítima representação popular, muitos de nossos políticos, e das mais diferentes matizes partidárias, insistem em conduzir o debate em torno da Covid-19 com um viés meramente ideológico, como se a doença pudesse ser vencida por decreto ou por uma nova eleição, com ou sem urna eletrônica.
Como que não dando a mínima para a perda prematura de tantas vidas, detentores de mandatos eletivos e seus exércitos de cabos eleitorais regiamente pagos com o sagrado dinheiro do contribuinte seguem agindo feito abutres e buscando lograr dividendos pessoais. Isso tudo em meio a uma tragédia coletiva que se a eles ainda não atingiu, com certeza atingirá em mais alguns dias ou semanas já que a ciência ainda parece distante de produzir a solução dela esperado pelo mundo todo.