Show de horrores
Os tradicionalistas de Bento Gonçalves não devem estar se sentindo confortáveis com as notícias chegadas da tríplice fronteira sobre seu conterrâneo Paulo Rocha. E não é de agora não, pois esse gaúcho que migrou para Foz do Iguaçu e aqui se tornou vereador tem protagonizado estripulias inaceitáveis a considerar que são ações partidas de um homem público e que, como tal, deveria se preocupar em dar apenas bons exemplos à coletividade.
Eleito com quase 3.700 votos, em setembro de 2013 ele virou notícia nacional ao comparecer à Câmara montado em um cavalo para chamar a atenção da população. No curso do mandato, voltou a gerar polêmica ao usar ternos com cores extravagantes e propor uma homenagem ao palhaço e deputado federal Tiririca sob a justificativa de que este leva alegria às crianças.
Mesmo frustrado no intento de se reeleger, voltou a ser pauta da grande mídia ontem, quando saiu da prisão novamente “causando”, após passar 15 dias vendo o sol nascer quadrado por conta de uma pena de quase sete anos de reclusão a que foi concenado pela prática da famigerada “rachadinha”, em que foi acusado de meter a mão em mais de R$ 51 mil de salários pagos a um assessor.
“Eu não conseguia comer aquela comida, comia duas três colheradas por dia, só conseguia comer o pão e o café da manhã. Eu acho assim, esse alimento é pago, e se é pago, precisa ser um pouco mais consistente. Também tem reclamação dos presos que não chega doce, e fruta é uma banana uma vez por semana”, reclamou Paulo Rocha, para em seguida questionar:"Percebi na marmita muito arroz, por que não deixar meio a meio com feijão?".
E como se isso não bastasse, foi ainda mais fundo em seu atrevimento se comparando a um dos homens públicos mais notáveis da História mundial."Eu me espelho muito em Nelson Mandela, passou quase 30 anos na prisão e saiu para ser presidente”, completou. (Foto: Câmara Municipal Foz do Iguaçu)