O parque da discórdia
É verdade que nunca houve unanimidade em torno do modelo de gestão do Parque Nacional do Iguaçu, a não ser entre aqueles que nele amealhavam verdadeiras fortunas sem dar uma contrapartida no mínimo razoável. Mas é verdade, também, que nunca esse tema gerou tanta discórdia quanto agora, e pelos mesmos movidos que levaram as chamadas forças vivas do Paraná todo a promoverem um verdadeiro levante contra o modelo que estava sendo proposto para o novo pedágio do chamado Anel de Integração.
Atenta a essa questão, a Comissão de Turismo da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu reforçou nesta segunda-feira (31) inúmeros questionamentos que já vinham sendo feitos há vários dias em relação ao edital proposto pelo ICMBio para concessão do parque pelos próximos 30 anos, que estima uma tarifa de R$ 120 para visitantes, totalmente fora da realidade brasileira.
“Não podemos aceitar esse retrocesso”, sentenciou a presidente da comissão, vereadora Anice Gazzoui, referindo-se ao preço do ingresso."Outra questão que chama muita atenção é a falta de definição, de clareza sobre a entrada de táxis, vans e carros de turismo. Isso é uma luta muito grande, foi uma conquista e agora não existe nenhum artigo com clareza que permita a continuidade do serviço", ressaltou.
Anice e os outros dois integrantes do grupo, João Morales e Admilson Galhardo, também defendem que se assegure o acesso diferenciado de moradores das cidades lindeiras ao parque, bem como que parte do dinheiro que vier a ser arrecadado seja repassada a esses municípios. (Foto: Reprodução)