Um olho no peixe, outro no gato
O reconhecimento do presidente Jair Bolsonaro de que o modelo que estava sendo proposto para o pedágio no Paraná é um "assalto a mão armada”, em uma admissão pública da forma totalmente equivocada com que o Ministério da Infraestrutura vinha conduzindo essa questão, trouxe alívio mas não sossego a um time de pesos-pesados que decidiu peitar o ministro Tarcisio Gomes de Freitas a ponto de quase torná-lo persona não grata no Estado.
E isso ficou muito claro na mais recente manifestação sobre o tema do deputado Luiz Claudio Romanelli, principal líder do movimento surgido na Assembleia Legislativa para livrar os paranaenses de uma exploração criminosa que se repete diariamente há mais de duas décadas.
“A Frente Parlamentar sobre o Pedágio continuará atuante até que o Ministério da Infraestrutura faça as adequações no modelo de concessão para fazer prevalecer o interesse público”, declarou o parlamentar, ressaltando que novas audiências públicas serão realizadas para assegurar que Brasília realmente se curve a esse legítimo direito dos paranaenses.
“Vamos ver o que vão nos propor. Não podemos repetir os erros do passado”, destacou Romanelli, asseverando que "tem questões preocupantes que ainda temos que discutir para poder ter uma modelagem adequada".
Em outras palavras, está claro que no que depender do movimento criado pelos deputados estaduais haverá uma vigilância permanente como recomenda a prática dos cozinheiros para assegurar que o peixe não seja devorado pelo gato.