Abastecimento: nova central de Cascavel é três vezes maior
Ao entregar a nova Central de Abastecimento Farmacêutico e Insumos de Cascavel, nesta quinta-feira (12), o prefeito Leonaldo Paranhos falou da realidade da saúde do Município, explicando os investimentos feitos na Cafi, por exemplo, que irão dobrar a capacidade de organização, planejamento, armazenamento e logística de insumos da secretaria, mas que passam quase que despercebidos pela grande maioria dos cidadãos que são beneficiados pelo serviço.
"Muitas vezes as pessoas desconhecem a realidade, o trabalho que se faz e que não aparece; há muitas críticas por desconhecimento. Só quando você vive a Saúde, você passa a defendê-la", ponderou o prefeito, lembrando que a logística do setor, pela complexidade envolvida, exige critérios específicos e cuidados no recebimento, estocagem, separação, conferência, dispensação e transporte dos produtos.
Na central esse serviço é feito por cerca de 30 servidores, que até então atuavam em uma área de 1 mil m² (três vezes menor que a nova) e que, de acordo com o secretário de Saúde, Thiago Stefanello, já estava obsoleta. "Quando foi inaugurado, em 2013, o espaço anterior, o Município comprava cerca de R$ 6 milhões ao ano em insumos. Hoje estamos na casa dos R$ 12 milhões. A Cafi já apresentava superlotação com sérias dificuldades para manejo e armazenamento e possuía pouca funcionalidade, dificultando o planejamento de compras que dão suporte ao funcionamento das Unidades e Serviços de Saúde Municipais", detalhou.
A Cafi armazena mais de 27 grupos de produtos, totalizando, atualmente, um montante de R$ 5,2 milhões e podendo chegar a R$ 15 milhões.
Mensalmente são entregues aproximadamente 850 pedidos, que agora, reestruturados, poderão ser distribuídos nas 89 unidades e serviços, totalizando 3.741 itens, dentre eles medicamentos (657 itens), material hospitalar (562 itens), material educativo (Saúde Mental - 541 itens), uniformes (375 itens), material odontológico (364 itens), material de expediente (188 itens), publicidade e propaganda (182 itens), material gráfico (178 itens), material de copa e cozinha (152 itens) e material de higiene e limpeza (104 itens).
O chefe da 10ª Regional de Saúde, João Gabriel Avanci, falou da importância de se assegurar a conservação dos materiais, com quantidade e locais certos, organizados por lotes e setores distintos, de modo a estabelecer um controle efetivo. "É algo que realmente não aparece para a sociedade, mas que custa caro se não for feito adequadamente, pois compromete toda a distribuição para a população. E fazer algo desta envergadura, requer coragem", enfatizou.
A UNIDADE
A nova Central conta agora com 3 mil m². Localizada na Avenida Itelo Webber, no Bairro Santos Dumont - na via de acesso ao aeroporto - funciona em espaço locado, com condições de otimizar e dar maior segurança à carga e à descarga de produtos.
Conta com plataforma já preparada para esse tipo de serviço, além de amplo pátio externo nivelado, que possibilita manobra de veículos de grande porte sem qualquer dificuldade, o que não era possível na estrutura antiga. A Central também recebeu duas vans e um caminhão.
Com a mudança também será possível evitar fluxos cruzados no que se refere ao recebimento, quarentena, conferência, estocagem, separação saídas para distribuição. Além disso, o planejamento de compras passou a ser modificado para prevenir problemas de faltas dos produtos, que são essenciais para a manutenção ininterrupta do funcionamento dos equipamentos de saúde.
A Central ainda conta com sistema de câmeras de monitoramento para conferir transparência, segurança e controle às rotinas de trabalho. (Foto: Secom)