Cascavel ainda tem mais de 100 orelhões funcionando
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, presidida pelo vereador Celso Dal Molin, acaba de finalizar uma apuração sobre um tópico inusitado: a disponibilidade de orelhões em Cascavel. Os aparelhos, que já foram muito comuns nas ruas e essenciais aos cascavelenses, hoje dificilmente são encontrados, e quando o são, nem sempre funcionam.
O levantamento mostra que já não há venda de cartões telefônicos, por isso as ligações agora são gratuitas, mas dos 262 telefones públicos previstos pela Anatel para Cascavel, apenas 193 ainda existem, e apenas 103 funcionam. Outros 90 precisam de manutenção e 42 não foram sequer localizados.
A redução dos aparelhos de telefonia pública ganhou impulso após a publicação do Decreto nº 9.619, de dezembro de 2018, que dispõe sobre o PGMU (Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público). O texto estabelece o fim da obrigação de as empresas concessionárias (em Cascavel é a Oi) mantenham um orelhão instalado a cada 300 metros, com prioridade nos estabelecimentos de ensino, de saúde, bibliotecas e museus e órgãos públicos em geral,
Conforme explica o vereador Celso Dal Molin, a empresa Oi já foi contatada para participar de uma reunião e esclarecer dúvidas dos vereadores. Para ele, "mesmo que a tecnologia dos orelhões pareça ultrapassada e que o acesso aos celulares cresça a cada dia, uma parte da população ainda não tem acesso a essa tecnologia e, mesmo no caso de emergências, pode ser a única solução". (Foto: Marcelino Duarte/CMC)