Unioeste mantém greve em defesa de supersalários
Apesar de ser considerada a universidade estadual paranaense que melhor remunera seus funcionários - tem cozinheiro ganhando R$ 8 mil, bibliotecário de R$ 11 mil a R$ 18 mil e muitos professores recebendo mais que o governador - a Unioeste decidiu desafiar o Governo do Paraná e manter a greve iniciada no último dia 11.
Reunidos em assembleia convocada pelo Sinteoeste e realizada na manhã desta terça-feira (23), em torno de 100 servidores decidiram, por todos os mais de 3 mil que compõem os quadros da instituição, rejeitar a proposta de 5% de reajuste de maneira parcelada aceita pelo restante do funcionalismo do Estado e manter a paralisação por tempo indeterminado.
À tarde foi a vez dos professores se reunirem, atendendo convocação do Sindicato dos Docentes, e também ratificarem a decisão de manter as atividades paralisadas. As aulas do segundo semestre deveriam ter sido iniciadas ontem, o que não aconteceu.
EXTRAS ABUNDANTES
Contra a Unioeste pesa também um relatório da Comissão de Política Salarial do Governo do Estado revelando que a instituição pagou, de forma irregular, R$ 4,5 milhões em horas extras (quase R$ 3,5 milhões só no HU) desde o início - as demais universidades estaduais pagaram, juntas, outros R$ 15,5 milhões no mesmo período. E os os beneficiários foram quase todos servidores que recebem altos salários. (Foto: Facebook Adunioeste)