Transporte coletivo: empresas e sindicato acertam nova trégua
"O que eu garanto é que a população não será prejudicada", disse o prefeito Leonaldo Paranhos nesta quinta-feira (14), ao ser questionado sobre a falta de acordo entre empresas e diretoria do Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivo Urbano de Cascavel) ao término da reunião na qual tentou fazer a mediação entre as partes para se evitar a deflagração de uma greve no transporte coletivo urbano de Cascavel.
"É evidente que existe o direito de greve por parte dos trabalhadores, e o direito das empresas de garantir o aumento contratual da planilha que eu tenho que autorizar; mas é evidente que precisa haver bom senso entre as partes, porque estamos vivendo um momento novo no sistema que requer adaptação, e a população não pode ser sacrificada ainda mais", frisou o chefe do Executivo, que só hoje retomou as atividades na Prefeitura, após um curto período de férias, seguido de agenda de trabalho em Brasília.
Paranhos havia solicitado, formalmente ao Sinttracovel, que adiasse a decisão de greve até que ele estivesse de volta, para que juntos pudessem buscar uma saída tripartite, o que foi aceito e elogiado pela categoria. "É uma negociação que cabe às duas partes - patrões e empregados - mas estou aqui na função de defender o interesse da população, que não pode participar de reuniões, então o prefeito participa em nome dela. A Prefeitura faz apenas o papel de tentar mediar, visando evitar prejuízo, pois o trabalhador e o estudante precisam do meio de transporte", ponderou o prefeito.
Uma nova trégua foi dada até terça-feira (19) pelo sindicato, que aguarda uma nova posição das empresas. Paranhos explicou que a perda do subsídio por parte dos Estados no óleo diesel já incidirá sobre a tarifa e que as reivindicações da categoria sobre o valor da cesta básica (R$ 100 a mais que os atuais R$ 236 - embora no fim da reunião tenha aceitado R$ 50 de imediato, mais o reajuste sobre os salários) não pode ser decidido pela Prefeitura, mas entre patrão e empregado.
"Vamos pedir um estudo de quantos centavos incide na tarifa, mas parar o transporte é prejuízo imediato e, aumentar a tarifa acima dos índices possíveis também é", afirmou Paranhos, diante do argumento das empresas de que já chegaram ao limite na planilha de cálculo e qualquer reajuste incidirá sobre a tarifa. (Foto: Secom)