Chuva durante a noite deu muito trabalho à Defesa Civil
O temporal registrado na noite passada em Cascavel provocou alagamentos em vários pontos da cidade. Em uma hora - entre 23 horas e a meia-noite - o volume acumulado de chuva chegou a 74,8 milímetros, segundo o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná).
Durante o período de chuva intensa, a Defesa Civil Municipal recebeu pelo menos 16 chamados de alagamentos em vários pontos da cidade e de quatro destelhamentos. A situação mais grave foi registrada na região do Bairro Santa Cruz, no entorno das obras do Ecopark Oeste, na Rua Tamoios.
O trabalho das equipes da Defesa Civil e da Guarda Municipal para atender estes chamados e os demais nos vários pontos da cidade iniciou ainda durante a noite. Engenheiros da Secretaria de Serviços e Obras Públicas avaliam a situação desde o início da manhã de hoje (7), dando suporte às famílias atingidas.
No local, três famílias tiveram as casas alagadas e os móveis danificados devido ao rompimento do bueiro que está em obras na Rua Tamoios. De acordo com o diretor da Sesop, Sandro Camilo Rancy, houve entupimento da rede o que acabou levando rompimento pelo excesso de lixo e de água. Duas das famílias ocupam área de preservação e integram acordo com a Prefeitura, por meio da Cohavel, para deixar o local até o dia 10 de março, uma delas, inclusive, com fábrica irregular de paver no local. Engenheiros da Sesop e da empresa responsável pelas obras passaram a manhã no local conversando com as famílias, avaliando os estragos e buscando soluções para o impasse. O bueiro já foi desentupido pela construtora que executa as obras do Ecopark
De acordo com o secretário de Agricultura e presidente da Cohavel, Ney Haveroth, as seis famílias que residem na área de preservação que integrará o Ecopark Oeste firmaram o acordo dia 14 fevereiro para deixar a área até o dia 10 de março. Elas se comprometerem em pagar aluguel por um período de seis meses por conta própria até que a Cohavel construa as moradias em terrenos já definidos. Após a realocação, elas terão um prazo de 240 meses para quitar as moradias ao Município.
O diretor operacional da Defesa Civil, Newton de Jesus Silva da Fontoura, disse que as equipes de plantão receberam chamados de várias regiões da cidade além desse local, desde o Brasília e Alto Alegre para destelhamentos; alagamentos mais significativos também foram registrados nas ruas Sete de Setembro com a Vitória, que também é área de preservação e de risco no afluente do Rio Quati, onde a canalização do córrego não suportou o volume de água; na Marechal Deodoro com a Cuiabá e na Sociologia, no Faculdade também foi crítico. "Todos foram atendidos num primeiro momento por equipes da GM e Defesa Civil durante a madrugada e agora estamos avaliando com a presença de engenheiros da prefeitura. A previsão inicial era de 6 milímetros de chuvas para o dia todo, mas em uma hora choveu quase 75 milímetros, deixando muitos estragos. Mas estamos trabalhado para dar suporte a todas as famílias, com lonas onde for necessário e com os encaminhamentos necessários".
Paralelamente, duas equipes da Secretaria de Meio Ambiente estão trabalhando para atender aos pedidos de retiradas de árvores e galhos que foram derrubados com os fortes ventos registrados durante a temporal. Até o momento, são 30 chamados, em vários pontos da cidade. (Foto: Secom)