Cinco motivos que fazem do PR o Estado mais sustentável do Brasil
Desenvolvimento sustentável com ampliação da área verde; rigor no combate ao desmatamento ilegal; cuidado com os diversos usos da água; reciclagem, coleta seletiva e destinação final do lixo; e proteção da fauna silvestre. Esse pacote fez com o Paraná fosse eleito, pelo quarto ano consecutivo, o Estado mais sustentável do Brasil, obtendo nota máxima no Ranking de Competitividade dos Estados, divulgado ainda em agosto de 2024, pelo Centro de Liderança Pública.
Essa conjuntura faz com que o Paraná tenha muito a apresentar e comemorar no Dia Mundial do Meio Ambiente, que será celebrado nesta quinta-feira (05). Veja a seguir os cinco motivos listados pela Agência Estadual de Notícias e que transformaram nosso Estado em referência mundo nos cuidados com a natureza:
Ampliação da área verde
No Paraná, a geração de emprego e renda, com desenvolvimento social e econômico, está diretamente ligada à agenda ambiental. Qualquer empreendimento, para se instalar no Estado, tem como condicionante os cuidados com a natureza. Normalmente, no caso de obras estruturantes como a instalação de uma usina para geração de energia ou a construção de um aterro de resíduos sólidos, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, por meio do IAT-Paraná, exige a ampliação da cobertura vegetal.
O mesmo raciocínio vale para obras de infraestrutura, como a duplicação de rodovias, com a indicação de passagens subterrâneas para a fauna, construção de pontes ou de aeroportos. Assim, segundo dados do MapBiomas, uma iniciativa multi-institucional envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia, 75% dos municípios paranaenses ampliaram a área de mata nos últimos anos.
Combate ao desmatamento ilegal
De 2021 para 2024, o número de Autos de Infração Ambiental ligados a crimes contra a flora nativa aumentou em 65%, passando de 3.183 para 5.252. O valor total das multas também cresceu, indo de R$ 78.797.343 para R$ 134.067.876 no ano passado, um incremento de 70%, segundo dados do IAT. Aperto ao crime que fez com que o Paraná alcançasse resultados expressivos no combate ao desmatamento ilegal. Ainda de acordo com os levantamentos, 71% dos municípios do Paraná tiveram desmatamento zero em 2024.
Diversos usos da água
O Paraná tem um ótimo desempenho no controle da perda de água do País. De acordo com o último relatório do Instituto Trata Brasil, por exemplo, o Estado alcançou um dos menores índices de desperdício do Brasil. Atualmente 100% do esgoto coletado nos sistemas operados pela Sanepar recebem tratamento.
Há, ainda, programas como o Água no Campo, que desde 2019 perfurou 676 poços em 163 cidades paranaenses, também ajudam a explicar a importância de investimentos em água. Outros 200 poços serão entregues a partir de 2025.
Outra atuação importante é o cuidado permanente com os rios que cortam o Estado, cujas matas ciliares foram ampliadas em 12% nos últimos anos. O Paraná tem também uma legislação com foco na economia dos recursos hídricos por meio da reutilização da água em áreas urbanas, rurais, nas indústrias e em processos produtivos. A Resolução nº 122 começou a valer no ano passado e regulamenta o reúso da água para proveito urbano, agrícola, florestal, ambiental e industrial.
A legislação prevê ainda o registro de volume gerado, regras para licenciamento e a exigência da instalação de redes específicas e sinalizadas em paralelo à rede de água potável, de forma a evitar a contaminação e garantir a rastreabilidade.
Lixo: reciclagem, coleta e destinação final
A eficiência na coleta seletiva e destinação do lixo, por exemplo, deriva de propostas como o incentivo à união de municípios para reestruturação dos aterros sanitários e à melhoria da gestão de resíduos sólidos - a medida busca auxiliar na redução de custos das prefeituras, seja com a execução dos projetos ou a viabilização financeira para a construção de novos aterros consorciados.
Outro ponto é que, por meio do IAT, houve a entrega de 268 caçambas para 67 municípios do Paraná, equipamentos que completam o kit voltado exclusivamente para o serviço de coleta e destinação final dos resíduos gerados por atividades da construção civil - o conjunto é composto ainda por caminhões poliguindastes. O investimento foi de R$ 21,5 milhões.
Proteção à fauna silvestre
A rede coordenada pelo IAT é composta por um Cetras (Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres), em Guarapuava, por três Cafs (Centros de Apoio à Fauna Silvestre), frutos de convênios entre o IAT e instituições de ensino como o Centro Universitário Filadélfia, de Londrina, Univel, de Cascavel, e Unicesumar, de Maringá; do Cafs em parceria com Parque das Aves, de Foz do Iguaçu; além do acordo com o instituto ambiental Klimionte, de Ponta Grossa, responsável pelo Cetas.
Essa estrutura salvou 1.483 animais silvestres nos primeiros quatro meses de 2025 - o número equivale a 40% de todos os 3.735 atendimentos de 2024. (Foto: Denis Ferreira Netto/Sedest)