Em 12 meses, dengue causou mais de 100 mortes no Paraná
Chegou ao fim o período sazonal 2022/2023 da dengue no Paraná, iniciado em 31 de julho do ano passado. Durante 12 meses, ou 52 semanas, a Secretaria de Estado da Saúde publicou o Informe Epidemiológico referente às arboviroses - dengue chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Neste período, a dengue foi registrada em 367 municípios (91,9% do Estado) e em todas as 22 Regionais de Saúde, com 341.015 notificações, 135.064 casos confirmados e 108 óbitos.
De todos os municípios que tiveram registro de casos, Londrina (34.815) e Ibiporã (5.199), ambos da região Norte, Foz do Iguaçu (13.374), no Oeste, e Paranaguá (4.246), no Litoral, foram os locais com maior número de casos confirmados da doença. Em relação aos óbitos registrados, Londrina e Foz do Iguaçu lideram a lista, com 29 e 22 casos, respectivamente.
De acordo com a pasta, o período mais crítico foi entre os dias 9 a 15 de abril. Em apenas sete dias o número de casos confirmados chegou a 13.500. Em outros momentos, quando aumentou o número de pacientes internados ou a necessidade de compra de insumos e medicamentos para o tratamento da doença, o Governo do Estado agiu rapidamente para auxiliar os municípios.
Houve a contratação de 50 leitos clínicos no Hospital Cataratas, em Foz do Iguaçu, para pacientes com dengue e a antecipação do pagamento do Programa Estadual de Fortalecimento da Vigilância de Saúde), num valor de R$ 9 milhões, a todos os municípios.
"Conseguimos conter muitos focos, mas ainda assim mais de 100 pessoas perderam a vida, por isso precisamos de uma força-tarefa conjunta e permanente", ressaltou a coordenadora da Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.
Mutirões, capacitações, reuniões de emergência e compra de insumos foram algumas das outras ações de enfrentamento realizadas pela Vigilância Ambiental da Sesa, em conjunto com os municípios e Ministério da Saúde, ao longo desse período. Mais de mil técnicos e profissionais da saúde participaram dos vários encontros promovidos pela pasta, virtual e presencialmente, a fim de aperfeiçoar os conhecimentos, manejo e identificação das arboviroses.
Outra ocasião importante durante o período foi a realização do Dia D Contra a Dengue, 19 de novembro, uma grande mobilização estadual, relevante, envolvendo os poderes federal, estadual e municipal e ainda outras instituições e a população, além de outras ações.
A Sesa se mantém vigilante quanto ao cenário atual e já trabalha definindo ações para o próximo período sazonal, que iniciou anteontem (30) e irá até 27 de julho de 2024. Serão realizadas oficinas de trabalho para elaboração dos planos de contingência municipais nas regionais que apresentaram condição epidemiológica mais crítica no período de 2022/2023, além da capacitação das equipes regionais de vigilância epidemiológica.
Em relação aos casos de chikungunya, o Estado registrou 3.597 notificações, 900 casos confirmados e três óbitos pelo agravo. Houve o registro de 747 casos autóctones e destes, 568 (76%) de pacientes residentes do município de Foz do Iguaçu.
Para conferir o relatório da dengue no período sazonal 2022/2023 e outras informações, basta clicar AQUI. (Foto: Sesa)