Aprendeu ou quer apanhar mais?
Qual foi o desempenho dos candidatos que você escolheu defender e nos quais votou? Todos "arrebentaram a boca do balão", como você achava, ou alguns provaram do sabor amargo das urnas, que atende também pelo nome de verdade, aquela que uma parcela expressiva dos eleitores insistiu em não ver ao longo do primeiro turno da campanha, por mais que tenham tentado abrir os seus olhos?
E os amigos e familiares com os quais você eventualmente divergiu de forma deselegante e até rompeu o relacionamento no curso do debate eleitoral desenrolado principalmente em parte da imprensa e nesta "terra de ninguém" chamada redes sociais, como estão? Já ligou para algum deles para tentar ao menos se justificar pelo que brotou de sua alma intempestiva e incompreensiva?
Como essas, há um rosário interminável de outras perguntas que podem e devem ser feitas (de nós para nós mesmos) neste momento para aparar as arestas deixadas pelo caminho e juntar os cacos nos casos em que isso ainda é possível, de forma não só a reaver a amizade e o respeito perdidos, mas quem sabe também a conquistar (não impor) alguns votos para o candidato preferido no segundo turno.
A polarização sem precedentes da disputa presidencial, entremeada por um festival de fake news e teses defendidas de forma intransigente e sistemática por pretensos donos de bolas de cristal, conduziu grande parcela do eleitorado brasileiro a um comportamento nada sadio que em nada condiz com a liberdade tão necessária na vida em sociedade, apenas com a libertinagem, uma ameaça real à democracia pela qual devemos lutar com todas as nossas forças. Viva a democracia, mas sem esquecer que respeito é bom, não custa nada e faz bem a todos.