Caso dos testes falsos de Covid do CCR já tem quatro indiciados
A Polícia Civil do Paraná já indiciou o presidente, o filho dele, um pai de atleta e um olheiro no inquérito policial que apura a falsificação de testes da Covid-19 por parte do CCR (Cascavel Clube Recreativo), que foi suspenso por dois anos e condenado a pagar R$ 200 mil de multa pelo pleno do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva).
Durante a investigação, iniciada em abril, parte dos envolvidos e cerca de dez testemunhas foram ouvidas. Os indiciados responderão por falsificação de documento e uso de documento falso. O prazo inicial do inquérito foi de 30 dias, mas ele foi prorrogado até que todos os envolvidos sejam ouvidos.
"Já temos quatro pessoas indiciadas e teremos ainda mais 10. Como esse inquérito demanda um certo tempo, tendo em vista que esses jogadores estão espalhados pelo Brasil, teremos que fazer algumas cartas precatórias para cada um dos envolvidos”, detalhou nesta quarta-feira (30) o delegado chefe da Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos), Luiz Carlos de Oliveira.
A Polícia Civil também solicitou a apreensão do passaporte de um dos suspeitos, que possui dupla nacionalidade. Ele foi intimado pelo escrivão de Cascavel para tomar ciência da decisão judicial.
Os exames apresentados no dia do jogo foram analisados pelo Instituto de Criminalística, que constatou a fraude. "Essa falsificação de documento foi assumida junto à Federação Paranaense de Futebol por um dos envolvidos em uma carta de próprio punho. Além disso, o médico que foi contratado para o dia do jogo nos trouxe algumas informações muito esclarecedoras, caracterizando as fraudes do clube”, concluiu o delegado. (Foto: Divulgação PC-PR)