Alfredo Kaefer começa cumprir prisão em casa
O empresário e ex-deputado cascavelense Alfredo Kaefer, que tenta se recuperar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) da tentativa frustrada de retomar para si o comando do grupo empresarial transferido anos atrás para a ex-mulher Clarice Roman, teria que conviver um bom tempo com um adereço incômodo e que denunciaria a todos o fato de já ser um cumpridor de pena criminal.
Condenado a 4 anos e 6 meses de detenção por crime contra o sistema financeiro nacional no caso da Sul-Financeira, empresa que pertencia a ele e já foi extinta, ele teve que se apresentar à Justiça nesta quarta-feira (15) para receber uma tornozeleira eletrônica pela qual seria monitorado ao longo dos próximos 9 meses.
Já quase no fim da tarde, no entanto, surgiu a informação dando conta que, apesar de a sentença determinar isso, Kaefer não teve instalada a tornozeleira por conta de sua condição física. Diante disso, o Ministério Público Federal foi intimado a se manifestar sobre o assunto.
O CASO
Investigações revelaram que em 2003 a Sul Financeira concedeu empréstimos vedados à empresa Diplomata Industrial e Comercial, ambas pertencentes à época a Alfredo Kaefer, o que torna ilegal a operação. No julgamento da ação penal, o relator do caso, ministro Luiz Fux, apontou que a Sul Financeira descontou 161 títulos em favor da Diplomata no valor total de R$ 3,6 milhões. Os títulos foram descontados com taxas de juros de 2,43% ao mês, percentual inferior ao que a Sul Financeira habitualmente praticava no mercado com outros clientes, que era entre 3,14% e 5,7%. Mas a defesa do ex-deputado alega que ele não cometeu crimes, apenas "meros erros administrativos e contábeis"; (Foto: Câmara Federal)