Eleição 2020 deve ser sem a identificação biométrica
A transferência para novembro (primeiro turno no dia 15 e segundo turno, se necessário, no dia 29) não deverá ser a única novidade do pleito eleitoral deste ano, quando serão escolhidos 5.570 prefeitos com respectivos vices e quase 58 mil vereadores. É que, diferentemente do que vem acontecendo já há várias eleições em boa parte do País, excepcionalmente deverá ser dispensada desta feita a identificação biométrica.
Em função da pandemia do novo coronavírus, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, já se posicionou pela exclusão da exigência da biometria, que tem cadastrados até o momento 119,7 milhões de eleitores brasileiros. Mas sua decisão ainda precisa ser confirmada pelos demais integrantes do Tribunal.
A exclusão do procedimento biométrico segue recomendação dos médicos David Uip, do Hospital Sírio Libanês; Marília Santini, da Fundação Fiocruz; e Luís Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein, que prestam consultoria sanitária para a realização pleito, e considera dois fatores: a identificação pela digital pode aumentar as possibilidades de infecção, já que o leitor não pode ser higienizado com frequência, e o aumento de aglomerações, uma vez que a votação com biometria é mais demorada do que a votação com assinatura no caderno de votações. (Foto: TSE)