Durante o fim de semana Cascavel registrou a temperatura mais baixa do ano, com os termômetros chegando a -4º C. Por conta disso, o Município intensificou as ações por meio do Serviço de Abordagem Social composto por educadores e assistentes sociais que vão às ruas conversar com pessoas em situação de vulnerabilidade social e oferecer abrigo no Albergue Noturno e na Casa Pop, que fazem parte da rede de acolhimento do Município.

Ao aceitar a oferta, a pessoa em situação de rua é levada até o local e recebe banho, comida e abrigo contra o frio. No dia seguinte recebe café da manhã e pode voltar para dormir em uma cama quente ao invés de ficar na rua.

?O problema é que tem muita gente que não aceita o nosso convite. Prefere ficar na rua ao invés de ir para o abrigo e não podemos obrigar ninguém a aceitar o acolhimento. O que a gente faz é conversar, mostrar as vantagens do acolhimento e tentar convencer a pessoa a sair do frio. Fazemos, em média, 10 abordagens a cada noite de trabalho e 13 durante o dia. E cada abordagem dessas tem um número variante de pessoas alcançadas?, explicou a psicóloga Maira Cabrera.

Segundo ela, não é possível ter o número exato de pessoas que vivem nas ruas de Cascavel porque muitas vêm de fora: artistas de rua, andarilhos e pessoas que estão em trânsito."Os moradores do Município nessa situação não passam de 100 e para todos eles, próprios ou de passagem, temos abrigo?, finalizou ela.

AGRICULTURA URBANA

O frio intenso que se abateu sobre Cascavel também afetou a produção de verduras e legumes do Programa Agricultura Urbana. Estima-se uma perda de pelo menos 30% da produção das 36 hortas implantadas. De acordo com o técnico agrícola Patrik Tristacci, responsável pelo programa, folhosas como alface, couve, almeirão, rúcula e repolho, e frutas como banana e mamão, foram as culturas mais atingidas pela geada. (Foto: Divulgação Secom)