Prevenção ao bullying mobiliza escolas do PR
Rodas de conversa, palestras, apresentações teatrais e musicais, produção textual, atividades esportivas e recreativas e muita conversa sobre maneiras de prevenir e combater o bullying foram algumas das atividades desenvolvidas nas escolas da rede estadual de ensino nesta semana.
As ações pedagógicas fizeram parte da programação da Semana de Prevenção e Combate ao Bullying desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação.
Segundo a chefe do departamento da Diversidade e Direitos Humanos da Secretaria, Angela Mercer de Mello, o objetivo das ações foi sensibilizar as escolas e criar um canal de comunicação entre estudantes, professores, funcionários e a própria comunidade.
Angela diz que essas atividades contribuem para construir um clima escolar favorável ao diálogo, empatia e minimização de situações de violências, além de promover a convivência harmônica. "Queremos que os estudantes se sintam seguros e acolhidos pela escola e ao mesmo tempo sejam precursores de informações de prevenção e combate ao bullying", disse.
O BULLYNG MACHUCA
"Quando era pequena, as pessoas faziam piadas e cantavam músicas rindo da cor da minha pele, do meu cabelo e da minha boca, e eu passei por tudo isso de cabeça erguida, nunca desisti, não alisei meu cabelo como mandavam eu fazer. Hoje em dia eu sei que o que fiz foi o melhor, porque não importa o rótulo que colocam em você, apenas você pode se definir", contou Luana Cálita Antunes da Roza, de 17 anos, estudante do 3° ano do Ensino Médio.
Ela aproveitou as ações de combate ao bullying desenvolvidas pela escola para conversar com os colegas sobre as diferentes formas e práticas de bullying. Para ela, o virtual é a pior forma, além de mais frequente, devido ao fácil acesso às redes sociais e de permitir que as agressões sejam feitas no anonimato.
Também pôde contar como lidou com as ofensas que sofreu e percebeu que, infelizmente, o bullying é muito mais comum do que se pensa. "Foi muito interessante porque vi que a maioria da sala também sofreu assim como eu, que não estava sozinha e que algum momento em nossas vidas todos sofremos bullying, sofremos e choramos, porque não é uma coisa legal", disse. (Foto: Arnaldo Alves/AENPR)