Entre os meses de maio e agosto deste ano Cascavel investiu um total de R$ 80.229.860,79 na área da saúde, e 73,05% desses recursos saíram da receita própria do município. "Essa situação é cada vez mais comum no Brasil, demonstrando a dificuldade dos municípios em gerir a saúde devido à queda de transferências das demais esferas", esclareceu o secretário Rubens Griep durante a audiência pública realizada ontem (15), na Câmara de Vereadores.

Do montante investido em saúde nesse quadrimestre, as transferências constitucionais legais feitas pelo Município, incluindo a licença sanitária, representaram R$ 58.659.785,43 (73,05%) - o que equivale a uma destinação de 26,33% das receitas de impostos e transferências para o setor, quando o mínimo previsto pela Constituição é de 15%.

Nesse mesmo período, os recursos da União somaram R$ 16.209.714,90 (20,19%), e os do Estado R$ 4.908.950,52, o que representa 6,11% do montante investido. As receitas SUS totalizaram R$ 521.409,94, equivalente a 0,65% do total investido.

O Município, como relevou a prestação de contas, aumentou em 22,27% a receita própria aplicada de janeiro a agosto deste ano na saúde, no comparativo com o mesmo período de 2017. O valor saltou de R$ 98.868.521,16 para R$ 120.888.455,21. Nesses oito meses, a Ouvidoria da Secretaria de Saúde registrou queda de 3,18% nas queixas, reclamações e sugestões feitas pelos cidadãos atendidos pela rede municipal. Nesse mesmo período, o investimento per capita teve um aumento de 22,27% de recursos próprios, passando de R$ 309,34 para R$ 378,23. Somente em consultas médicas nas UPAs houve incremento de 17,9%, enquanto o volume de procedimentos nessas unidades ficou 39,83% maior.

Durante os meses de maio, junho, julho e agosto de 2018 foram realizadas quase 280 mil consultas médicas, incluindo mais de 80 mil na atenção às urgências, 122 mil na atenção básica, mais de 57 mil especializadas e 5,3 mil em saúde mental. Nesses quatro meses, a saúde fez ainda 594.176 exames a pacientes da rede. (Foto: Secom)