Cortesia com chapéu alheio
É inegável que algumas coisas mudaram para melhor desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República referendado por 57,7 milhões de brasileiros, na segunda maior votação da história do País - a primeira foi de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, com 58,3 milhões. Outras, no entanto, continuam como dantes.
Refiro-me principalmente a determinadas práticas políticas, embasadas unicamente na vontade deste ou daquele governante e não em critérios técnicos fundamentados no que é verdadeiramente justo.
O Palácio do Planalto já enviou para análise do TCU (Tribunal de Contas da União) proposta do presidente Jair Bolsonaro para isentar o pedágio dos motociclistas nas novas concessões de rodovias, a começar pela do Paraná, que deverá ser feita ainda antes do fim do ano.
Confirmação nesse sentido foi feita pelo ministro da Infraestrutura,Tarcísio de Freitas, que não se fez de rogado e foi logo confirmando que a ideia é viabilizar a isenção com o aumento da tarifa para os demais usuários, ou seja, os motoristas. “O reflexo tarifário é baixo, da ordem de 0,5% em média. Varia de 0,3% a 0,6%, a depender de cada trecho concessionado”, detalhou ele.
O próprio ministro disse que o País tem em torno de 26 milhões de motos circulando, o mesmo que dizer que há praticamente 26 milhões de brasileiros que são proprietários de veículos de duas rodas. E como só maiores de idade podem possuir motos, não precisa ser um expert em matemática para concluir que esse número é metade do total de votos que o atual presidente precisa para se reeleger. (Foto: Reprodução Youtube)