Governo proíbe a compra de vacinas por empresas privadas
O governo federal vai concentrar toda a campanha de imunização contra a Covid-19 no Ministério da Saúde, por isso não permitirá que as empresas privadas brasileiras façam a compra de pequenos lotes de vacinas para contemplar especificamente seus funcionários, independente de quantos sejam eles.
"Uma empresa que tenha 100 mil funcionários, se ela quiser ir ao mercado, comprar a vacina e vacinar seus funcionários não pode", declarou o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, ao falar à rádio CBN na manhã desta quinta-feira (14) sobre a orientação recebida durante uma reunião virtual realizada ontem por empresários com o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco.
"Essa possibilidade ontem foi negada. Essa possibilidade no momento não existe", reforçou Skaf. No entanto, ele reconheceu que o governo está fazendo sua parte. "Aquela impressão que dá de inoperância, que as coisas estão meio estagnadas e o Brasil está ficando para trás, não se confirmou", disse. "O que falta é só a vacina, o resto está tudo preparado, de acordo com as informações que tivemos na reunião", acrescentou.
A Fiesp também emitiu nota oficial informando que, durante essa reunião, o governo garantiu que o processo está bastante acelerado e que a vacinação começará assim que tiver liberação da Anvisa. "No momento, o governo aguarda a chegada de dois milhões de doses do imunizante da Astrazeneca/Oxford e o Instituto Butantan já tem seis milhões de doses. Ambas as vacinas aguardam aprovação da Anvisa para uso emergencial", diz a nota. (Foto: AGBR)